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O futuro do Google Search e o impacto para quem depende de tráfego orgânico
04/04/2025“Enviar tráfego para sites de publishers é um mal necessário.”
Essa declaração, feita por um ex-executivo do Google em recente perfil publicado pela Bloomberg, escancara uma mudança de mentalidade dentro do Google: a empresa está se afastando do modelo tradicional de enviar usuários para sites externos.
A tendência? Manter o usuário dentro das propriedades do Google — seja com respostas diretas, cards informativos, ou, mais recentemente, os AI Overviews.
O que está mudando no Google Search?
A matéria traz diversas declarações da atual Head de Busca do Google, Elizabeth Reid, que confirmam o movimento da empresa em reduzir a dependência da barra de pesquisa tradicional, ao mesmo tempo que expande o uso de voz e busca visual.
Segundo ela, a barra de pesquisa ainda estará presente, mas com papel cada vez menos central na experiência de busca.
E o que isso significa na prática?
- Crescimento de buscas por voz e imagem, especialmente em mobile
- Respostas cada vez mais completas sem necessidade de clique
- Diminuição do tráfego para sites que antes dependiam do Google
- Maior protagonismo da IA generativa nas respostas de busca
AI Overviews e o fim do clique?
Lançados em maio de 2024, os AI Overviews oferecem respostas instantâneas com base em IA. Parecia útil. Mas, na prática, reduziu ainda mais os cliques para sites externos.
Dados recentes indicam que, a cada 1.000 buscas no Google, apenas 360 geram cliques para a web aberta nos EUA. Ou seja, quase 60% das buscas terminam sem nenhum clique.
A nova estratégia do Google
O foco agora não é mais “enviar tráfego para a internet”, e sim “reter o usuário dentro do Google”. Como disse Reid, a ideia é que o Google esteja sempre presente, quase como um amigo onisciente:
“É como se você pudesse perguntar algo ao Google tão facilmente quanto pergunta a um amigo – só que esse amigo sabe tudo.”
O que muda para quem depende de SEO?
SEO não morreu — mas o que funcionava há 5 anos não funciona mais com a mesma eficiência.
1. Conteúdo técnico e raso tende a perder valor
Respostas simples são entregues direto nos resultados da IA. Se o seu conteúdo não agrega perspectiva, profundidade ou marca, ele pode não ser clicado.
2. Estratégias precisam considerar canais além do Google
Você não pode mais depender exclusivamente de tráfego orgânico. A diversificação entre Google, social, e mídia paga se torna essencial.
3. A força da marca passa a contar mais
Se o seu conteúdo aparece nos resultados da IA, mas o usuário não reconhece ou confia na sua marca, ele vai ignorar.
4. SERP será dominada por formatos novos
Cards, vídeos, imagens, snippets, IA… tudo menos links simples. É preciso adaptar sua estrutura de conteúdo para atender múltiplos formatos.
O que fazer agora?
As mudanças não são sutis — são estruturais. E ignorá-las é correr o risco de ver seu tráfego minguar.
Aqui vai um checklist estratégico:
- ✅ Fortaleça sua presença em canais próprios (email, WhatsApp, CRM)
- ✅ Crie conteúdo que gere valor real, não só palavras-chave
- ✅ Amplifique sua autoridade com marcas fortes e presença multicanal
- ✅ Invista em formatos novos: vídeo, conteúdo interativo e visual
- ✅ Prepare seu time (ou agência) para atuar com SEO moderno e adaptável
Conclusão
O Google está mudando — e com ele, o jogo do tráfego orgânico também. Ainda é possível crescer com SEO, mas agora você precisa pensar além do clique.
As melhores estratégias hoje combinam conteúdo de valor + branding + diversificação de canais.
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Fonte: https://searchengineland.com/google-traffic-publishers-necessary-evil-453562
